Era bom ser possível conseguirmos controlar a nossa mente de forma a que quando nos surgem as ideias nós estarmos com disponibilidade física, mental e espacial para assim lhe retribuirmos da melhor forma. No entanto, nem sempre é assim, e muitas vezes é nas situações mais banais do dia-a-dia que as grandes ideias vão surgindo.
Hoje foi no automóvel quando vinha a caminho de casa. No momento ter-me-ia dado jeito poder parar para registar a ideia em papel, com o único senão de me encontrar na auto-estrada.
Resultado: desde que me surgiu a ideia (antes de entrar na Vasco da Gama) até casa fui a cantar um refrão sem nexo, a trautear uma melodia que fazia sentido com a harmonia e texto que a pouco e pouco estava a conceber na minha cabeça, até que entrei finalmente em casa e liguei o computador, ao mesmo tempo que peguei no meu caderno de apontamentos para num minuto escrever a letra da (agora) canção.
Tem piada como as nossas concepções musicais vão mudando com o tempo. Tenho noção de que o que compus hoje já começa a apresentar algumas diferenças notórias em relação aos outros trabalhos que entretanto já foram gravados, a nível de forma, estrutura, simplicidade harmónica. Tenho ideia que se tivesse composto esta canção há dois ou três anos atrás iria achar uma merda. No entanto, pelo menos de imediato, não consigo ter essa opinião, e momentaneamente, tudo parece fazer sentido, embora saiba que provavelmente esta será a canção mais pop que devo ter concebido até hoje.
Só espero que não demore mais dois anos até me surgir nova inspiração...
João Guerra
2 comentários:
Tou a gostar de a ouvir! "Ehh Ehh..."
:)
Estupidamente parece que fica no ouvido o "Hey hey, Hey hey hey"?!
Agora imagina estar desde a Vasco da Gama até minha casa a cantar isto...
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